quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Beija-flor-de-garganta-verde - Amazilia fimbriata (Gmelin, 1788)


Beija-flor-de-garganta-verde

O beija-flor-de-garganta-verde é uma ave apodiforme da família Trochilidae.

A espécie de beija-flor médio mais encontrada nos ambientes abertos e bordas de matas, visita as flores de arbustos, trepadeiras e árvores isoladas ou na borda da mata. É afastado pelos beija-flores maiores, mas é agressivo com outros da mesma espécie ou menores.

Nome Científico

Seu nome científico significa: de Amazilia = heroína inca na novela “Les Incas, ou la destruction de l'Empire du Pérou” de Jean Marmontel (1777); e do (latim) fimbriata, fimbriatum = com franja, franjado. ⇒ Amazilia com franja.

Características

Mede de 8,5 a 11 cm de comprimento e pesa em torno de 5 g. A cor dominante é um verde claro, com tons brilhantes sob luz adequada. Olhos escuros e, atrás do olho, destaca-se um ponto branco, mesmo tom da barriga e do desenho afunilado do peito, terminando na garganta de aspecto escamado, delimitada pelo verde dominante do pescoço e peito. Asas escuras e cauda arredondada com as penas centrais na cor verde-bronzeada, as demais penas da cauda são progressivamente escuras. Bico longo e reto, com a maxila escura e a mandíbula na cor rosada com a ponta escura. Os adultos possuem pernas e pés escuros. O centro do peito, abdome inferior e crisso são brancos, enquanto que os flancos são da cor verde com brilho bronzeado.
Macho e fêmea são muito semelhantes. As fêmeas adultas têm barras brancas na garganta. A plumagem da fêmea é ligeiramente mais opaca que a do macho.
Os jovens possuem coloração um pouco mais marrom-acinzentada com o abdome branco.

Possui um canto matinal, chilreado e repetitivo, emitido de poleiros tradicionais desde a madrugada. Para identificá-lo corretamente é necessário notar o tom verde fosco da garganta e a linha branca do peito, expandindo-se na barriga.

Subespécies

São sete as subespécies de (Amazilia fimbriata), com pequenas variações na plumagem:

.Amazilia fimbriata fimbriata (J.F. Gmelin, 1788) - Ocorre no nordeste da Venezuela da bacia do Orinoco para as Guianas e norte do Brasil, norte da Amazônia.

Amazilia fimbriata elegantissima (Todd, 1942) - Ocorre no extremo nordeste da Colômbia e norte e noroeste da Venezuela.

.Amazilia fimbriata apicalis (Gould, 1861) - Ocorre na Colômbia ao leste dos Andes.

.Amazilia fimbriata fluviatilis (Gould, 1861) - Ocorre no sudeste da Colômbia e leste do Equador.

.Amazilia fimbriata laeta (Hartert, 1900) - Ocorre no nordeste do Peru.

.Amazilia fimbriata nigricauda (Elliot, 1878) - Ocorre no leste da Bolívia e Brasil central e sul da Amazônia.

.Amazilia fimbriata tephrocephala (Vieillot, 1818) - Ocorre na costa sudeste do Brasil do Espírito Santo até o Rio Grande do Sul. Esta subespécie é ligeiramente maior que as outras subespécies.

Alimentação

Apesar de pequeno, é ágil e inquieto, podendo bater as asas até 70 vezes por segundo. Tal velocidade lhe garante a habilidade de ficar parado no ar em pleno voo. Para manter tal velocidade, gasta muita energia, por isso alimenta-se cerca de 15 vezes por hora. Pode alimentar-se do suco direto da laranja posta no comedouro para outras aves. Alimenta-se também do néctar da flor brinco-de-princesa, que fica nas praças públicas.

Reprodução

As fêmeas passam a época de reprodução trabalhando, pois sozinhas elas montam o ninho, chocam e cuidam dos filhotes. Colocam apenas 2 ovos por vez. Os filhotes tornam-se rapidamente independentes. Em média, com 4 semanas o filhote está pronto para partir do ninho. Alguns filhotes recém-chegados ao mundo costumam confundir qualquer coisa colorida com alimento (flores), assim aproximando-se de qualquer objeto chamativo


Hábitos

Adapta-se a ambientes urbanos e é um dos maiores frequentadores de garrafinhas de água com açúcar ou flores nas grandes cidades do centro do Brasil.

Curiosidades

Graças a ossos curtos e flexíveis pode movimentar as asas em todas as direções e ter outra habilidade incomum, a de voar para trás.

Fonte: beija-flor-de-garganta-verde (Amazilia fimbriata) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil


Andorinha do campo - Progne tapera (Vieillot, 1817)



Andorinha-do-campo

Também conhecida como andorinha, chabó (Araraquara, SP), major, taperá e uiriri (AM). a andorinha-do-campo é uma ave passeriforme da família Hirundinidae.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (latim) progne, procne = andorinha; e do (tupi) tapiera, tapera = nome tupi para uma variedade de andorinhas, seu nome significa: vivendo em casa. ⇒ Andorinha que vive em casa.

Características

Mede entre 16 e 17 centímetros de comprimento e pesa entre 30 e 40 gramas.
É uma espécie grande, com cor de fuligem, garganta e abdômen brancos, e a parte inferior da cauda também é branca. Somente os jovens possuem penas azuis.
Sua voz é rouca e metálica “tschri”, e seu canto é mais melodioso “djü-il-djü”, “dchri-dchri-dchrruid”. Dispõe, no sul do país, de notável canto de madrugada, executado em voo.

Subespécies

Possui duas subespécies reconhecidas:

  • Progne tapera tapera (Linnaeus, 1766) - ocorre da porção tropical do leste da Colômbia, Equador, Peru até a Bolívia, da Venezuela até as Guianas e na Amazônia brasileira. Ocorre também na ilha de Trinidad no Caribe;
  • Progne tapera fusca (Vieillot, 1817) - ocorre do sudeste do Brasil até o Paraguai, leste da Bolívia, Uruguai e norte da Argentina.

Alimentação

As aves dessa espécie são rigorosamente entomófagas, sendo um dos maiores consumidores de plâncton aéreo; comem cupins, formigas, moscas e até abelhas.


Reprodução

A espécie se reproduz na Amazônia e nidifica no Sul nos meses mais quentes. Para procriar usa vários tipos de ocos, e é extensamente dependente do ninho do joão-de-barro (Furnarius rufus), onde prepara uma tigela macia, utilizando esterco.

Hábitos

Habita o campo e a paisagem aberta de cultura. Tenta voar contra o vento. O casal costuma dormir junto no ninho, o que não é comum em aves. Pousa sobre fios elétricos. Torna-se inquieta ao amanhecer e ao anoitecer. Aumenta seu piar e grinfar até ocupar o lugar de dormir.

Fonte: andorinha-do-campo (Progne tapera) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil

domingo, 1 de dezembro de 2013

Pia-cobra - Geothlypis aequinoctialis (Gmelin, 1789)


Pia-cobra

O pia-cobra é uma ave passeriforme da família Parulidae. Também conhecido popularmente como canário-sapé, vira-folhas, caga-sebo, curió-do-brejo (Minas Gerais) e pia-cobra-do-sul.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) geö = terra, chão; e de thlupis = pequeno pássaro desconhecido, em ornitologia thlypis significa tanto rouxinol como tentilhão; e do (latim) aequinoctialis, aequinoctium = equinocial, equinócio. ⇒ (Ave) equinocial, pequeno rouxinol do chão. “Figuier olive de Caiena” de d'Aubenton (1765-1781) (Geothlypis).

Características

O macho possui o alto da cabeça cinza com uma máscara preta na região dos olhos, a fêmea tem as cores mais discretas e não possui a máscara preta. O pia-cobra possui aproximadamente 13,5 centímetros de comprimento e pesa 12 gramas.

Subespécies

Possui cinco subespécies reconhecidas:

  • Geothlypis aequinoctialis aequinoctialis (J. F. Gmelin, 1789) : Nordeste da Colômbia, Venezuela, Guianas, Suriname, norte do Brasil e Trinidad;
  • Geothlypis aequinoctialis chiriquensis (Salvin, 1872) : Costa Rica e região adjacente do sudoeste do Panamá;
  • Geothlypis aequinoctialis auricularis (Salvin, 1883) : Oeste do Equador (Pacífico) e oeste do Peru (sul de Ica);
  • Geothlypis aequinoctialis peruviana (Taczanowski, 1884) : Norte do Peru (Marañon Vale superior de Cajamarca e La Libertad);
  • Geothlypis aequinoctialis velata (Vieillot, 1809) : Sudeste do Peru, Bolívia, centro-sul do Brasil, Paraguai, Uruguai e nordeste da Argentina.

Alimentação

Alimenta-se de insetos, principalmente lagartas.

Reprodução

ninho é uma tigela funda, aberta, bem feita com folhas feitas de junco externamente e raízes finas na parte interna. Os 3 ovos são brancos com poucas manchas violetas e muitos pontos vermelho-escuros reunidos em coroa num dos polos.

Hábitos

Vive em brejos com arbustos, buritizais, restingas e matas de galeria. Esconde-se em moitas de vegetação, sendo observado apenas quando voa.

Distribuição Geográfica

Presente no Brasil em duas regiões separadas: 1) tanto ao norte do rio Amazonas, do rio Negro para leste até o Amapá, quanto ao sul, do baixo rio Madeira para leste até o Maranhão; 2) do sul do Piauí e Bahia para oeste até o Mato Grosso e em direção sul até o Rio Grande do Sul. Encontrado também da Costa Rica e Panamá à quase totalidade dos países da América do Sul, com exceção do Chile.

Fonte: pia-cobra (Geothlypis aequinoctialis) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Chimango - Milvago chimango (Vieillot, 1816)



Chimango

O chimango é uma ave falconiforme da família Falconidae. Também conhecido como caracará, caracaraí, chima-chima, chimango-carrapateiro, chimango-do-campo, ximango e gavião-chimango.
Tratado por alguns autores como pertencente ao gênero Polyborus, distinto de Milvago, pois estudo molecular recente indica que Milvago chimango e Milvago chimachima não são parentes próximos, ou mesmo congêneres.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (latim) milvus = falcão; e -ago = anterior, semelhante; e chimachima = onomatopeia argentina para o som emitido pelo caracará; Chimángo (de Azara, 1802-1805) (Milvago). ⇒ Falcão semelhante ao caracará.

Características

Mede entre 37 e 43 centímetros de comprimento e pesa entre 289 e 300 gramas. Sua envergadura mede entre 80 e 99 centímetros de comprimento
É totalmente pardo, com a cabeça e partes inferiores providas de desenho claro. As penas superiores da cauda e algumas áreas das asas são brancas.
As fêmeas são ligeiramente maiores que os machos, pesando cerca de 300 gramas. O peso dos machos é ligeiramente abaixo: 290 gramas.

Machos adultos possuem tarsos amarelos, enquanto fêmeas e jovens, tarsos azulados. Segundo Sarasola (2011), os tarsos nus de 81 (Milvago chimango) capturados no centro da Argentina entre 2005 e 2008 eram de coloração amarela ou azul-rosada. As diferenças na cor não foram relacionadas com os níveis de carotenoides no plasma e não variaram sazonalmente. Pelo contrário, a expressão das duas cores foi afetada pelo gênero e idade dos indivíduos. Tarsos de cor amarela foram registrados apenas em adultos do sexo masculino, enquanto os do sexo feminino ou de jovens apresentaram-se na cor azulada.

Sobre a mudança de coloração dos tarsos dos chimangos machos, Figueroa (2015) diz que novos estudos são necessários para determinar quando exatamente os chimangos machos mudam a coloração de suas partes nuas de cinza-azulado para amarelo e se este tipo de sinalização visual é significativa para o território, formação dos casais ou seleção sexual.

Tem coloração ocrácea e creme, uma mancha clara em cada asa e lado ventral bruno-amarelado com estrias longitudinais escuras.

Diferencia-se do seu “parente”, o carrapateiro (Milvago chimachima), pois suas penas são marrons com as franjas mais claras. A parte inferior das asas é de tonalidade castanha, com manchas escuras.

Manifestações sonoras: assobio prolongado, típico, frequentemente seguido por chamados roucos: “iii-a”, “iii-a-tchá tchá tchá”, “chiä-kiä, kiä, kiä”.

Subespécies

Possui duas subespécies reconhecidas:

Aves de Terra do Fogo, por vezes, são tratadas como uma subespécie separada, fuegiensis; possível subespécie azarae ocorrendo no Paraguai.

  • Milvago chimango chimango (Vieillot, 1816) - ocorre nas florestas do sul do Brasil e do Paraguai até a região central da Argentina e do Chile;
  • Milvago chimango temucoensis (W. L. Sclater, 1918) - ocorre do sul do Chile e da Argentina até a Terra do Fogo no Cabo Horn.

(Clements checklist, 2014).

Alimentação

É capaz de adaptar-se a alimentação variada: come parasitas do gado, carniça (condição saprófaga oportunista), ovos de tartaruga, tira ninhegos e chega a atacar aves adultas.
É uma ave rapinante que preferencialmente se alimenta de carniça, embora possa atacar animais que perceba feridos ou doentes, incluindo ovelhas e até mesmo cavalos. Oportunista, pode usar a força do grupo para atacar qualquer presa.

Reprodução

O casal constrói o ninho junto, trazendo materiais que encontram nos arredores, também podendo ocupar os já feitos por outras aves. Realiza postura de um a cinco ovos, com um período de incubação de cerca de 26 a 27 dias. A nidificação pode ser separadamente ou em colônias. A postura ocorre a partir de setembro, sendo o mês de outubro o de maior produção. Constroem seus ninhos sobre a vegetação, e a preferência pela espécie ou localização não parece ter importância.
A incubação dura de 26 a 32 dias. Depois de cinco semanas os filhotes deixam o ninho. O casal compartilha as responsabilidades nos cuidados do ninho: construção, defesa, choco e alimentação dos filhotes.

Hábitos

Vive em regiões campestres, campos de cultura, beira do mar e praias, enfim em qualquer lugar aberto. É gregário, ou seja, vive em bandos. Beneficia-se pela expansão de áreas agropecuárias.
É encontrado em todo tipo de terreno onde a vegetação não seja muito alta, das regiões costeiras às planícies dos Pampas. É também encontrado em bosques desprovidos da vegetação secundária. Habita desde o nível do mar até uma altitude de 1500 metros.

Distribuição Geográfica

Ocorre da Terra do Fogo ao Paraguai, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais. Também registrado na Bolívia, Goiás e Rio de Janeiro.
Em particular em porções litorâneas, tornando-se gradativamente menos frequente no perímetro sul-norte e nos planaltos do interior de Santa Catarina.
No Paraná a ocorrência do chimango foi verificada no Parque Estadual Na Ilha do Mel, no Parque Nacional de Superagui e no Parque Nacional do Iguaçu.
Desconhecem-se outras áreas protegidas onde ocorra, da mesma forma como inexistem subsídios para inferências sobre potencial presença em outras unidades de conservação.

Fonte: chimango (Milvago chimango) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil

domingo, 24 de novembro de 2013

Canário-da-terra-verdadeiro - Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766)



Canário-da-terra

O canário-da-terra (Sicalis flaveola), também é conhecido como canário-da-horta, canário-da-telha (Santa Catarina), canário-do-campo, chapinha (Minas Gerais), canário-do-chão (Bahia), canário-do-reino (Ceará), coroinha, cabeça-de-fogo e canarinho.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) sikalis, sukallis or sukalis = pequeno; (Latim) flaveola, flaveolus diminutivo de flavus = amarelo. ⇒ Amarelinho.

Características

Tamanho aproximado: 13,5 centímetros. Peso médio: 20 gramas. Cor amarelo-olivácea com estrias enegrecidas nas costas e próximo das pernas. Asas e cauda cinza-oliva. A íris é negra e o bico tem a parte superior cor de chifre e a inferior é amarelada. As pernas são rosadas. A fêmea e o jovem têm a parte superior do corpo olivácea com densa estriação parda por baixo, com as penas e cauda e tarso quase enegrecidos, mas quando adultos assumem a coloração amarela. Com 4 a 6 meses de idade, os filhotes machos já estão cantando, e levam cerca de 18 meses para adquirir a plumagem de adulto.

CANTO: Voz vigorosa, uma série de notas bem enunciadas e frases curtas, “tsip, tsi-tit, tsi, tsiti, tsi, tsi, tsiti”. Pelo seu lindo canto é frequentemente aprisionado como ave de cativeiro (está entre as 10 mais apreendidas, segundo o IBAMA), mesmo tal ato sendo considerado crime federal pela Lei de Crimes Ambientais (Lei      9.605/98).

Subespécies

São cinco subespécies reconhecidas, sendo duas brasileiras.

  • Sicalis flaveola brasiliensis (Gmelin, 1789) - ocorre no Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Machos com o alto da cabeça alaranjado brilhante, ultrapassando a região da órbita. Dorso oliva, com poucas estrias. Ventre amarelo brilhante. Asa marrom escura, com a borda externa das penas amarela. Cauda marrom escura, com as bordas das penas amarelas. Fêmeas e jovens com finas estrias na cabeça e no dorso, crisso amarelado. Um distinto colar amarelo estriado no peito, dividindo a garganta e o ventre, que são esbranquiçados. As fêmeas mais velhas tendem a ter o peito e o ventre mais amarelados, podendo lembrar a plumagem de machos.
    Os exemplares machos do Nordeste (em especial do PI, CE, RN, PB e PE) são de um amarelo mais forte e brilhante, com coroa vermelho-alaranjada e maior, dorso com poucas e finas estrias e levemente esverdeado (em vez de oliva). As fêmeas, além de serem também amarelas, possuem igualmente a mancha vermelho-alaranjada no alto da cabeça, embora menor que nos machos. Alguns estudiosos preferem tratar tal forma como uma subespécie distinta.
  • Sicalis flaveola pelzelni (P. L. Sclater, 1872) - Canário-chapinha. Ocorre na Bolívia, ao leste dos Andes, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os machos possuem a cabeça com estrias escuras, e a cor alaranjada não ultrapassa a região orbital. O dorso é mais densamente estriado que S. f. brasiliensis. Ventre com coloração amarela em geral mais apagada, principalmente no pescoço. Asas e cauda semelhantes à forma anterior, mas com muito menos amarelo nas coberteiras das asas. Fêmeas com as estrias da cabeça e do dorso mais largas que na forma anterior. Região peitoral densamente estriada, podendo formar um colar. Poucas estrias na região ventral, e o crisso segue a mesma cor do ventre (esbranquiçado).
  • Sicalis flaveola flaveola (Linnaeus, 1766) - ocorre na Colômbia, Venezuela, Guianas e Trinidad. Introduzido no Panamá, Porto Rico e Jamaica. Coroa alaranjada. Costas levemente esverdeadas e com poucas e finas estrias, quase imperceptíveis. Partes inferiores amarelo-limão. Maior que S. f. brasiliensis.
  • Sicalis flaveola valida (Bangs & T. E. Penard, 1921) - ocorre no Peru e Equador. Possui grande porte, sendo a maior subespécie. O amarelo é um pouco mais escuro que a subespécie nominal. Coroa avermelhada. Mais esverdeado nas costas que a forma nominal, estendendo-se até a nuca. Bico maior e mais forte. Pernas rosadas. Machos e fêmeas muito parecidos.
  • Sicalis flaveola koenigi (G. Hoy, 1978) - ocorre no noroeste da Argentina, na região de Salta e Jujuy. Parecido com S. f. brasiliensis, mas o bico é mais curto e largo.

Alimentação

Alimenta-se de sementes no chão. É uma espécie predominantemente granívora (come sementes). O formato do bico é eficiente em esmagar e seccionar as sementes, sendo, portanto, considerada predadora e não dispersora de sementes. Ocasionalmente alimenta-se de insetos. Costuma frequentar comedouros com sementes e quirera de milho.

Reprodução

Faz ninhos cobertos, na forma de uma cestinha, em lugares que variam desde uma caveira de boi até bambus perfurados. Frequentemente utiliza ninhos abandonados de outros pássaros, sobretudo do joão-de-barro. Pode fazer ninhos em forma de cesta em plantas epífitas (orquídeas e bromélias), em buracos de telhas e outros locais que ofereçam proteção. A fêmea põe em média 4 ovos, que são chocados por 14 ou 15 dias.

Hábitos

Vive em campos secos, campos de cultura e caatinga, bordas de matas, áreas de cerrado, campos naturais, pastagens abandonadas, plantações e jardins gramados, sendo mais numeroso em regiões áridas.
Costuma ficar em bandos quando não está em período de acasalamento. Vive em grupos, às vezes de dezenas de indivíduos. O macho tem um canto de madrugada bem extenso e áspero, diferente do canto diurno. O canto de corte é melodioso e baixo, acompanhado de um display parecido com uma dança em volta da fêmea.

Distribuição Geográfica

Está presente do Maranhão ao sul até o Rio Grande do Sul e a oeste até o Mato Grosso, bem como nas ilhas do litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro. Encontrado localmente também nas Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina.

Savacu - Nycticorax nycticorax (Linnaeus, 1758)


Garça-branca-pequena - Egretta thula (Molina, 1782)