sexta-feira, 22 de junho de 2018

Asa-de-telha - Agelaioides badius (Vieillot, 1819)



Asa-de-telha

O asa-de-telha é um Passeriforme da família Icteridae.
Denominação anterior - Molothrus badius.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) agelaius = pássaro preto; e -oidës = parecido com; e do (latim) badius = castanho, marrom. ⇒ (Ave) castanha parecida com um pássaro preto.

Características

Mede entre 15 e 18,6 centímetros de comprimento e pesa entre 43 e 47 gramas.
Não possui dimorfismo sexual. Tem cor geral marrom escuro, sendo as asas e a cauda mais escuras e as orlas das penas coberteiras marrom-avermelhado. Possui uma espécie de “mascara” negra ao redor dos olhos. Tarsos negros. Bico cônico.


Subespécies

Possui duas subespécies reconhecidas:

  • Agelaioides badius badius (Vieillot, 1819) - ocorre do Leste da Bolívia, na região de Beni e Tarija até o Paraguai, Uruguai,no Norte da Argentina, na região Norte de Chubut; e no Brasil, na região Sul e no Mato Grosso do Sul;
  • Agelaioides badius bolivianus (Hellmayr, 1917) = ocorre na altiplano do Centro e do Sul da Bolívia.

Alimentação

Pequenas frutas, sementes e invertebrados.


Reprodução

Tem normalmente uma ninhada por estação com 2 ovos. Ao contrário de outros do mesmo gênero, Agelaioides badius não é um parasita pleno, na verdade Agelaioides badius também é vítima de outras aves parasitas, principalmente de Chupim-azeviche (Molothrus rufoaxillaris). Sempre constrói seu próprio ninho, ou seja a câmara de incubação em forma de uma pequena “tigela” de barro trançada com fibras vegetais, onde deposita os ovos, que são de cor branca, embora esta câmara seja construída no interior dos ninhos de furnarídeos, também utiliza caixinhas a ninhos artificiais. Este “ninho parasitismo” tem sido interpretado como uma fase primitiva de parasitismo.

Hábitos

Gregário, vive em grupos de até 20 aves. Adapta-se a locais semiurbanizados, sendo comum ao redor das fazendas e nas praças de alguns povoados do interior

Distribuição Geográfica

No Brasil ocorre do nordeste até Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Ocorre também na Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai e até o Chile.

Fonte: asa-de-telha (Agelaioides badius) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil

Cabeça -seca - Mycteria americana (Linnaeus, 1758)







O cabeça-seca é uma ave ciconiiforme da família Ciconiidae.

Conhecido também como passarão, cabeça-de-pedra (Mato Grosso), jaburu-moleque, trepa-moleque (Mato Grosso), joão-grande (Rio Grande do Sul) e padre. Era uma das aves aquáticas mais comuns da Amazônia, mas teve seu número reduzido devido à caça.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) muktër, mukterizö = focinho, nariz, bico; e do (latim) americana = referente ao continente americano, américa. ⇒ Pássaro americano com focinho.

Características

Mede entre 86 e 100 cm de comprimento e pesa em torno de 2,8 kg. Quando sobrevoa muito alto uma área, pode ser confundido com o Maguari. Diferente dos adultos, os juvenis possuem a cabeça e pescoço emplumados e o bico mais claro.

Subespécies

Não possui subespécies.

Alimentação

Alimentando-se coletivamente, com vários indivíduos se deslocando lado a lado na água rasa, movimentando o fundo lodoso com um dos pés para deslocar as presas, como peixes, anfíbios, pequenos répteis e grandes invertebrados.

Reprodução

Constrói ninhais em capões de mata alagada. Põe de 3 a 5 ovos.

Hábitos

Habita manguezais, pantanais e alagados permeados de florestas. Pousa no chão ou no alto de árvores e plana a grandes alturas sem muito esforço. Vive em grupos. Os jovens da espécie associam-se em bandos distintos, vivendo à parte dos casais.


Distribuição Geográfica

São encontrados em quase todo o Brasil, principalmente no Pantanal e na costa do Nordeste. Sua distribuição no continente americano se estende do sul dos Estados Unidos à Argentina.

No Paraná, na região do alto/médio Iguaçu é uma espécie migrante, sendo encontrado nos meses de outubro a fevereiro com frequencia em lagoas que margeiam o rio.(observação pessoal feita ao longo de 03anos Dimas Rocha).

domingo, 22 de novembro de 2015

Tesourinha - Tyrannus savana (Vieillot, 1808)



Tesourinha

Também conhecida como tesoura, tesoureira, tesoureiro e tesourinha-do-campo. A tesourinha é uma ave passeriforme da família TyrannidaeMigrante inconfundível, onde passa em grupos de até centenas de indivíduos, em concentrações típicas nos meses de setembro e outubro. Dormem em uma mesma árvore ou árvores próximas quando estão migrando, seja em áreas naturais, seja em áreas urbanas.

Nome Científico

Seu nome científico significaTyrannus savana⇒ caçadora implacável que habita/vive na savana ou ave cruel da savana.

Características

Apesar de não ser colorida, a leveza e graça do voo, bem como a distribuição de cores são muito chamativas. O capuz é negro, apresenta no meio do píleo uma coloração amarela, na maioria das vezes escondido, distingue-se contra a garganta e partes inferiores brancas. Dorso cinza uniforme, com destaque para a longa cauda, que é maior do que o próprio corpo. Há um discreto dimorfismo sexual, sendo que os machos possuem um prolongamento grande da cauda, especialmente das duas penas mais externas. Esta diferença é visível quando as aves estão próximas. O formato da cauda deu origem aos nomes comuns.

Sua voz, com as cerimônias: “tzig” (chamada), seqüência apressada “tzig-tzig-zizizi…ag, ag, ag, ag” (canto) que emite pousado ou em voo, deixando-se cair em espiral, com a cauda largamente aberta e a posição das asas lembrando um pára-quedas.

Subespécies

Possui quatro subespécies reconhecidas:

  • Tyrannus savana savana (Daudin, 1802) – ocorre no centro, sudeste e sul do Brasil, desde o estado de Rondônia e Mato Grosso até o estado do Tocantins e sul do Piauí, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro até o estado do Rio Grande do Sul, no norte e leste da Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.
  • Tyrannus savana circumdatus (J. T. Zimmer, 1937) – ocorre no norte do Brasil no leste do estado do Amazonas, Pará e Amapá.
  • Tyrannus savana monachus (Hartlaub, 1844) – ocorre na região central do México até o sul da Colômbia, Venezuela e ilhas da costa venezuelana, Suriname e no norte do Brasil, em Roraima, baixo rio Negro, e talvez ocorra no Amapá.
  • Tyrannus savana sanctaemartae (J. T. Zimmer, 1937) – ocorre no norte da Colômbia e no extremo noroeste da Venezuela.

Alimentação

Hábitos alimentares como o do suiriri, com grande consumo de frutos no período de migração. Dispersa os frutos da erva-de-passarinho no cerrado, com sua característica semente onde um pé adesivo ressalta-se. A polpa envolvente é uma das fontes principais de abastecimento na migração para o norte, mas como não ingere a semente, limpa o bico nos galhos, deixando presa a semente da próxima erva-de-passarinho. Frutos podem ser vistos em fios e arames, resultado dessa limpeza do bico. Em vôo, consegue uma enorme destreza, alterando direção com facilidade, em perseguições mútuas ou à presa (insetos).

Reprodução

O período de reprodução é entre os meses de setembro e dezembro. Os pais preferem fazer seus ninhos em cerrado ralo. O tamanho da ninhada é de 1 a 3 ovos. A incubação leva, em média, 13,6 dias, e após 15 dias os ninhegos deixam o ninho. Os filhotes nascem no final do ano e em fevereiro/março voam para o norte, no segundo grande movimento de migração da espécie. Todas dirigem-se para a parte norte do continente, onde irão passar o outono/inverno austrais. O casal constrói um ninho ralo, aberto e em forma de tigela de gravetos porcamente amontoados. A taxa de sucesso dos ovos é de 39,2%. É comum os filhotes e ovos serem derrubados pelo vento. Os pais se revezam na criação dos filhotes. Os ovos medem 22,2 mm de comprimento e 15,8 de largura e pesam 3,2 g.

Hábitos

Apesar de migrarem em grupos, em setembro os machos já estão exibindo seu característico vôo territorial, pairando em espirais com asas e cauda abertos, ao mesmo tempo em que emite o canto longo e rápido, terminado com três ou quatro notas mais espaçadas. Localmente, procuram as áreas abertas, como os cerrados (daí a razão do savana em seu nome científico), pastagens e áreas de cultura, onde ficam pousadas em mourões de cerca, postes, fios e árvores isoladas. Também podem procurar as matas, ou até mesmo cidades.


Distribuição Geográfica

Talvez poucas aves conheçam melhor a América do Sul do que a tesourinha. Existem tesourinhas que vivem no sul (Argentina, Paraguai e extremo sul do Brasil), em várias outras partes do Brasil, no Caribe e no sul do México. Depois do verão, as tesourinhas migram aos milhares para a região da Amazônia, onde permanecem até o inverno acabar. No início da primavera, cada uma volta para a sua região de origem, onde vão reproduzir, criar os filhotes e começar tudo novamente no ano seguinte. Assim, as tesourinhas são muito abundantes nas regiões onde vivem, mas apenas em algumas épocas do ano. Em outras, desaparecem completamente.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Caneleiro-preto - Pachyramphus polychopterus (Vieillot, 1818)



Caneleiro-preto

O caneleiro-preto é uma ave passeriforme da família Tityridae. Também conhecido como araponguinha, bico-grosso-de-asas-brancas, caneleirinho e caneleirinho-preto.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) pakhus = grosso, robusto; e rhamphos = bico; e de polukhroos = variegado, matizado, pintalgado; e _pteros, pteron = asa; polychopterus = com asa pintalgada. ⇒ (Ave) com bico robusto e asa pintalgada.

Características

Mede entre 14 e 15,5 centímetros de comprimento e pesa entre 19,5 e 21 gramas.
O macho é delgado e de bico largo. A fêmea é verde-olivácea, com bordas na asa e na cauda, de cor ferrugínea e partes inferiores amareladas.
Manifestações sonoras: sua voz desperta muita atenção, forte e sonoro “djöit djöt-djöt-djöt…”. A fêmea tem um canto semelhante ao do macho, mas com volume mais baixo.

Subespécies

Possui oito subespécies reconhecidas:

  • Pachyramphus polychopterus polychopterus (Vieillot, 1818) - ocorre no nordeste do Brasil, dos estados do Piauí e Ceará até os estados de Alagoas e Bahia.
  • Pachyramphus polychopterus similis (Cherrie, 1891) - ocorre na costa caribenha da Guatemala até o extremo norte da Colômbia, na região de Chocó.
  • Pachyramphus polychopterus cinereiventris (P. L. Sclater, 1862) - ocorre no norte da Colômbia.
  • Pachyramphus polychopterus dorsalis (P. L. Sclater, 1862) - ocorre na região tropical e subtropical do sudoeste da Colômbia e noroeste do Equador.
  • Pachyramphus polychopterus spixii (Swainson, 1838) - ocorre do sudeste e sul do Brasil até o Paraguai, Uruguai, leste da Bolívia e norte da Argentina.
  • Pachyramphus polychopterus nigriventris (P. L. Sclater, 1857) - ocorre na região tropical do sudeste da Colômbia, da região de Meta até o sul da Venezuela, norte da Bolívia e no oeste do Brasil, em ambas as margens do Rio Amazonas.
  • Pachyramphus polychopterus tenebrosus (Zimmer, 1936) - ocorre na região tropical do sudeste da Colômbia, da região de Caquetá até o leste do Equador e nordeste do Peru.
  • Pachyramphus polychopterus tristis (Kaup, 1852) - ocorre do nordeste da Colômbia até as Guianas e no nordeste da Amazônia brasileira, do estado de Roraima até o estado do Maranhão e sudeste do estado do Pará; também ocorre nas Ilhas de Trinidad e Tobago, no Caribe.

(IOC World Bird List 2018).

Alimentação

Come imagos e larvas de insetos complementando a alimentação vegetal, sobretudo quando esta escasseia, por exemplo, durante as chuvas.

Reprodução

Constrói ninhos no alto de árvores isoladas, na forma de uma grande bola de musgo e outros materiais macios, com entrada lateral protegida e câmara incubatória pequena na parte superior.


Hábitos

Habita a orla da mata. Regularmente segue bandos mistos de pássaros. Pousa geralmente ereto. É brigão.

Distribuição Geográfica

Ocorre da América Central e das Guianas à Bolívia, Argentina e Uruguai, e em todo o Brasil.

Fonte: caneleiro-preto (Pachyramphus polychopterus) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil

Patinho-gigante - Platyrinchus leucoryphus (Wied, 1831)



Patinho-gigante

O patinho-gigante é uma ave passeriforme da família Platyrinchidae. Também chamado de patinho-de-asa-castanha.

Nome Científico

Seu nome científico significaPlatyrinchus leucoryphus⇒ [ave de] bico largo/achatado de coroa branca.

Características

O patinho-gigante é uma ave inconfundível devido ao seu bico ser completamente achatado, de onde nasceu o nome comum de patinho. Medindo quase 13 centímetros, em sua coloração predomina o marrom esverdeado nas partes superiores, onde algumas penas das asas são marrom-acastanhadas. A cabeça apresenta uma crista branca, que se arrepia em situações de excitação ou estresse. Tem a garganta branca e peito marrom-sujo, que se torna quase branco no abdômen. Pode ser sintópico ao patinho (Platyrinchus mystaceus).

Subespécies

Espécie monotípica (não são reconhecidas subespécies).
(Clements checklist, 2014).

Alimentação

Alimenta-se primariamente de insetos.


Reprodução

Hábitos reprodutivos…

Hábitos

É encontrado na mata atlântica, matas de araucária e matas subtropicais até 1000 metros. Usualmente em casais, acompanham bandos mistos pelos estratos baixos, tanto na mata primária quanto na secundária.

Distribuição Geográfica

Espécie endêmica da Mata Atlântica, sua ocorrência original abrange o sudeste do Paraguai, nordeste da Argentina e leste do Brasil, neste último desde o sul da Bahia até o nordeste do Rio Grande do Sul. No Rio Grande do Sul não possui registros há mais de 70 anos e provavelmente está extinto no estado.

Fonte: patinho-gigante (Platyrinchus leucoryphus) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Beija-flor-de-garganta-verde - Amazilia fimbriata (Gmelin, 1788)


Beija-flor-de-garganta-verde

O beija-flor-de-garganta-verde é uma ave apodiforme da família Trochilidae.

A espécie de beija-flor médio mais encontrada nos ambientes abertos e bordas de matas, visita as flores de arbustos, trepadeiras e árvores isoladas ou na borda da mata. É afastado pelos beija-flores maiores, mas é agressivo com outros da mesma espécie ou menores.

Nome Científico

Seu nome científico significa: de Amazilia = heroína inca na novela “Les Incas, ou la destruction de l'Empire du Pérou” de Jean Marmontel (1777); e do (latim) fimbriata, fimbriatum = com franja, franjado. ⇒ Amazilia com franja.

Características

Mede de 8,5 a 11 cm de comprimento e pesa em torno de 5 g. A cor dominante é um verde claro, com tons brilhantes sob luz adequada. Olhos escuros e, atrás do olho, destaca-se um ponto branco, mesmo tom da barriga e do desenho afunilado do peito, terminando na garganta de aspecto escamado, delimitada pelo verde dominante do pescoço e peito. Asas escuras e cauda arredondada com as penas centrais na cor verde-bronzeada, as demais penas da cauda são progressivamente escuras. Bico longo e reto, com a maxila escura e a mandíbula na cor rosada com a ponta escura. Os adultos possuem pernas e pés escuros. O centro do peito, abdome inferior e crisso são brancos, enquanto que os flancos são da cor verde com brilho bronzeado.
Macho e fêmea são muito semelhantes. As fêmeas adultas têm barras brancas na garganta. A plumagem da fêmea é ligeiramente mais opaca que a do macho.
Os jovens possuem coloração um pouco mais marrom-acinzentada com o abdome branco.

Possui um canto matinal, chilreado e repetitivo, emitido de poleiros tradicionais desde a madrugada. Para identificá-lo corretamente é necessário notar o tom verde fosco da garganta e a linha branca do peito, expandindo-se na barriga.

Subespécies

São sete as subespécies de (Amazilia fimbriata), com pequenas variações na plumagem:

.Amazilia fimbriata fimbriata (J.F. Gmelin, 1788) - Ocorre no nordeste da Venezuela da bacia do Orinoco para as Guianas e norte do Brasil, norte da Amazônia.

Amazilia fimbriata elegantissima (Todd, 1942) - Ocorre no extremo nordeste da Colômbia e norte e noroeste da Venezuela.

.Amazilia fimbriata apicalis (Gould, 1861) - Ocorre na Colômbia ao leste dos Andes.

.Amazilia fimbriata fluviatilis (Gould, 1861) - Ocorre no sudeste da Colômbia e leste do Equador.

.Amazilia fimbriata laeta (Hartert, 1900) - Ocorre no nordeste do Peru.

.Amazilia fimbriata nigricauda (Elliot, 1878) - Ocorre no leste da Bolívia e Brasil central e sul da Amazônia.

.Amazilia fimbriata tephrocephala (Vieillot, 1818) - Ocorre na costa sudeste do Brasil do Espírito Santo até o Rio Grande do Sul. Esta subespécie é ligeiramente maior que as outras subespécies.

Alimentação

Apesar de pequeno, é ágil e inquieto, podendo bater as asas até 70 vezes por segundo. Tal velocidade lhe garante a habilidade de ficar parado no ar em pleno voo. Para manter tal velocidade, gasta muita energia, por isso alimenta-se cerca de 15 vezes por hora. Pode alimentar-se do suco direto da laranja posta no comedouro para outras aves. Alimenta-se também do néctar da flor brinco-de-princesa, que fica nas praças públicas.

Reprodução

As fêmeas passam a época de reprodução trabalhando, pois sozinhas elas montam o ninho, chocam e cuidam dos filhotes. Colocam apenas 2 ovos por vez. Os filhotes tornam-se rapidamente independentes. Em média, com 4 semanas o filhote está pronto para partir do ninho. Alguns filhotes recém-chegados ao mundo costumam confundir qualquer coisa colorida com alimento (flores), assim aproximando-se de qualquer objeto chamativo


Hábitos

Adapta-se a ambientes urbanos e é um dos maiores frequentadores de garrafinhas de água com açúcar ou flores nas grandes cidades do centro do Brasil.

Curiosidades

Graças a ossos curtos e flexíveis pode movimentar as asas em todas as direções e ter outra habilidade incomum, a de voar para trás.

Fonte: beija-flor-de-garganta-verde (Amazilia fimbriata) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil


Andorinha do campo - Progne tapera (Vieillot, 1817)



Andorinha-do-campo

Também conhecida como andorinha, chabó (Araraquara, SP), major, taperá e uiriri (AM). a andorinha-do-campo é uma ave passeriforme da família Hirundinidae.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (latim) progne, procne = andorinha; e do (tupi) tapiera, tapera = nome tupi para uma variedade de andorinhas, seu nome significa: vivendo em casa. ⇒ Andorinha que vive em casa.

Características

Mede entre 16 e 17 centímetros de comprimento e pesa entre 30 e 40 gramas.
É uma espécie grande, com cor de fuligem, garganta e abdômen brancos, e a parte inferior da cauda também é branca. Somente os jovens possuem penas azuis.
Sua voz é rouca e metálica “tschri”, e seu canto é mais melodioso “djü-il-djü”, “dchri-dchri-dchrruid”. Dispõe, no sul do país, de notável canto de madrugada, executado em voo.

Subespécies

Possui duas subespécies reconhecidas:

  • Progne tapera tapera (Linnaeus, 1766) - ocorre da porção tropical do leste da Colômbia, Equador, Peru até a Bolívia, da Venezuela até as Guianas e na Amazônia brasileira. Ocorre também na ilha de Trinidad no Caribe;
  • Progne tapera fusca (Vieillot, 1817) - ocorre do sudeste do Brasil até o Paraguai, leste da Bolívia, Uruguai e norte da Argentina.

Alimentação

As aves dessa espécie são rigorosamente entomófagas, sendo um dos maiores consumidores de plâncton aéreo; comem cupins, formigas, moscas e até abelhas.


Reprodução

A espécie se reproduz na Amazônia e nidifica no Sul nos meses mais quentes. Para procriar usa vários tipos de ocos, e é extensamente dependente do ninho do joão-de-barro (Furnarius rufus), onde prepara uma tigela macia, utilizando esterco.

Hábitos

Habita o campo e a paisagem aberta de cultura. Tenta voar contra o vento. O casal costuma dormir junto no ninho, o que não é comum em aves. Pousa sobre fios elétricos. Torna-se inquieta ao amanhecer e ao anoitecer. Aumenta seu piar e grinfar até ocupar o lugar de dormir.

Fonte: andorinha-do-campo (Progne tapera) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil